Aprenda como organizar o orçamento doméstico em 4 etapas
Como está a situação financeira da sua família? Vocês normalmente conseguem poupar algum dinheiro e realizar os objetivos de vida ou estão sempre endividados e com dificuldades no orçamento?
Para começar a poupar, atingir uma situação financeira melhor e conseguir realizar os objetivos de vida é necessário organizar o orçamento doméstico.
De acordo com o presidente da Dsop Educação Financeira, Reinaldo Domingos, para que a família possa alcançar a tranquilidade financeira, os membros devem conversar entre si sobre o tema das finanças familiares e seguir 4 etapas fundamentais. Veja quais são!
Como organizar o orçamento doméstico em 4 etapas
1. Analise detalhadamente as finanças familiares
Deve ser feito um verdadeiro diagnóstico das finanças da família, ou seja, todos os gastos e rendimentos de todos os membros da família devem ser anotados com muita precisão, para que se descubra o real valor de quanto entra de renda e com o que o dinheiro está sendo gasto.
Segundo Domingos, toda e qualquer despesa deve ser anotada minuciosamente. Algumas pessoas podem achar esta tarefa entediante, mas isso é fundamental para o efetivo controle e melhora do seu patrimônio.
Afinal, vocês querem ou não querem viver bem, realizarem seus sonhos e terem tranquilidade financeira?! Lembrem-se disso sempre, assim vocês realizarão essa tarefa com muita dedicação e com certeza terão ótimos resultados financeiros.
Para ajudar nessa tarefa, vocês podem escolher a maneira que melhor lhes convier, seja aplicativos no celular (como o Mobills), uma planilha ou até mesmo um caderno.
2. Corte/diminua os gastos supérfluos
O educador afirma que logo após a análise do orçamento familiar quase sempre as pessoas percebem que é possível diminuir os gastos de 20% a 30%. Mudar o pacote de TV a cabo ou o plano de celular são alguns dos exemplos.
Para o especialista, o cafezinho de todo dia ou o cinema da semana podem parecer inofensivos, num primeiro momento, entretanto, são nessas “pequenas despesas” que se desenvolvem os excessos: a taxa de conveniência na hora de adquirir ingressos pela internet, a luz do abajur, o banho demorado…
Vocês devem se fazer a seguinte pergunta: Isso é realmente necessário para a minha vida, todos os dias? Ao analisar seus hábitos, vocês irão perceber que esses gastos desnecessários podem estar obstruindo a busca por dinheiro.
3. Tenha projetos de vida no curto, médio e longo prazos
Fazer uma viagem, trocar de carro, planejar a aposentadoria ou comprar a casa própria. Calculem o quanto irá custar cada um desses projetos e quanto tempo irá demorar para realizar cada um deles.
Quando vocês conseguirem realizar um destes sonhos, substitua-o por outro objetivo. Contudo, muita atenção: não use todo o dinheiro poupado para satisfazer desejos imediatos, que impedem a realização dos objetivos maiores!
4. Invista para realizar os sonhos
Para saber onde aplicar o dinheiro, deve-se levar em conta o prazo de cada objetivo:
– Objetivos de longo prazo (acima de 10 anos): valores podem ser aplicados em títulos indexados à inflação do Tesouro Direto.
– Objetivos de médio prazo (1 a 10 anos): dinheiro pode ser aplicado também no Tesouro Direto, CDBs, fundos de investimento;
– Objetivos de curto prazo (até 1 ano): dinheiro deve ficar numa aplicação fácil de retirar, tal como o título do Tesouro Direto indexado à Selic;
Muita atenção para os gastos fixos!
Samy Dana, professor da FGV, explica que as despesas fixas, tais como água, luz, supermercado, condomínio, plano de saúde, telefone e internet, TV a cabo e escola devem estar limitadas a 50% da renda. “Se estiver muito acima disso, é hora de repensar o padrão de vida para adaptar à realidade da renda”, afirma.
Se o endividamento familiar for apenas uma questão temporária, é possível cortar despesas supérfluas para resolver esse desajuste casual. No entanto, se os gastos fixos consomem a maior parte da renda mensal, é sinal que a família está vivendo em um padrão de vida inadequado à sua realidade financeira.
Sendo assim, para que a situação financeira volte a ser estável e tranquila, deve-se reduzir os gastos e passar a poupar ao menos 10% da renda todo mês. “Essa decisão deve ser muito bem pensada, pois requer uma mudança estrutural, como trocar a escola dos filhos ou mudar de casa”, conclui Dana.
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