Maiores bancos privados do país avaliam impactos da crise política
Os dois maiores bancos privados do país avaliaram, em comunicados, o impacto da crise política sobre a economia brasileira. Apesar da turbulência dos últimos dias, Itaú e Bradesco avaliaram que é cedo para mudanças no cenário e defenderam que a continuidade das reformas econômicas. O Bradesco, no entanto, admite que a situação pode mudar.
O comentário do Itaú foi divulgado no relatório sobre política fiscal, divulgado periodicamente pelo banco. No texto, a instituição financeira considera que as reformas ainda são possíveis. “Apesar da turbulência política, os esforços para reformas fiscais no Brasil continuam nos trilhos. Nossos cálculos mostram que o diluído texto da reforma da Seguridade Social pode ainda ser visto como um importante passo para evitar uma trajetória de mais crescimento dos gastos com Previdência”, aponta o banco, no relatório assinado pelo economista-chefe Mario Mesquita.
O texto destaca ainda as ações da equipe econômica para acalmar os ânimos do mercado. “O Banco Central divulgou uma nota afirmando que está monitorando as informações recentemente divulgadas pela imprensa e agindo para manter o funcionamento normal do mercado”, lembrou o Itaú.
Bradesco: Cenário pode ser alterado
Já o Bradesco descartou rever suas projeções diante das revelações dos últimos dias. O banco avalia que antes da divulgação das delações da JBS, “os vetores de crescimento migravam para o terreno positivo”. Mas lembrou que os dados não indicavam “uma retomada intensa da economia”.
Já o Bradesco descartou rever suas projeções diante das revelações dos últimos dias. O banco avalia que antes da divulgação das delações da JBS, “os vetores de crescimento migravam para o terreno positivo”. Mas lembrou que os dados não indicavam “uma retomada intensa da economia”.
“Os acontecimentos dos últimos dias no campo político podem alterar o cenário. Mas tais fatos são muito recentes e não está claro o patamar de equilíbrio dos preços da economia (risco país, câmbio, curvas de juros). Portanto, neste momento qualquer revisão de cenário nos parece precipitada”, afirma.
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